quinta-feira, 26 de maio de 2016

A vida dos livros, como ela é

Os autores se dividem entre bons e quase bons. Nem tudo corre às mil maravilhas entre autor e editor, dependendo do que o primeiro espera do segundo. Eu, por exemplo, espero que seja educado, sempre. Mas o autor, em geral, espera um passe de mágica, que, ao publicar o livro, ele venda como pipoca. Até poderia vender, se o autor tivesse trabalhado para isso. O editor só faz o livro. Ele não é assessor de imprensa, nem tem uma agência de publicidade. Um editor não é um marqueteiro. Para isso, existem outros profissionais que cobrem essas áreas. Um editor cuida no máximo da venda dos livros depois de fazê-los. Às vezes, nem isso. Mas autoimagem ele não pode criar. Nem que o autor seja melhor do que é, nem venda mais do que vende. Tudo que ele fez está no livro. E o livro se basta por si só. Há autores gratos, isso há, graças a Deus. E, aos ingratos, eu só reservo uma palavra: pena. Porque ele não pode ser maior que seu livro. E seu livro sempre será mais importante do que ele, se ele quiser medir forças com o editor. O editor só faz editar o livro. Ele não edita o autor.

26/05/2016 - 19h22


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