Nunca houve tantos erros de português. Os erros se espalharam. Estão nas revistas, jornais, artigos, discursos, entrevistas, banners, postagens, até em cartões de visita. Está na simples comanda do garçom, no menu da pizzaria, no cardápio do restaurante, no outdoor, na legenda dos filmes, nos closed captions e na dublagem. Estamos cercados por erros provocados pela má fala e a falta de correção. Diplomados erram a ortografia. Mestres e doutores não sabem pontuar, acentuar e conjugar. Falta vo-ca-bu-lá-ri-o. E os revisores têm de fazer de tudo para colocar crases, vírgulas, abrir parágrafos e montar diálogos. Quando alguém me diz: "Já está revisado", eu não acredito. No último livro, foram 142 erros em menos de 80 páginas. Na verdade, são só 40, porque somente há texto nas páginas ímpares. O número de erros por página dobrou. E nem digo a idade do autor. Nunca se precisou tanto de revisores quanto hoje.
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