sábado, 10 de março de 2018

"Como vai a editora?"

Em meio à produção intensa de livros, dou-me conta que não sabem o que estou fazendo, mas sempre me perguntam: "Como vai a editora?" ou "Tem escrito muito?". Eu não tenho escrito ultimamente, mas tenho cinco livros inéditos prontos, duas traduções terminadas, fora os livros da Ibis Libris que não são meus, mas é como se fossem. Tem os meus-meus e os meus-deles, porque ao fazer um livro para alguém torna-se meu enquanto estou fazendo, depois solto-o no mundo e seja o que Deus quiser. Quanto aos meus-meus, fico pensando se valem a pena, aí descubro uma leitora aqui, alguém que postou um poema meu lá, as visitas aos meus blogs de poesia (com mais acessos do que eu poderia imaginar), e os novos livros que quero fazer que ainda não fiz ou não terminei. Tudo dá um trabalho imenso e às vezes vou dormir tarde por conta disso, porque não durmo enquanto não termino. Fora o que não é poesia e que também precisa ser feito, como a biografia do meu tataravô e o livro sobre minha avó, e outro que me pediram sobre Marco Polo (não o de poemas, a história mesmo), e há outros ainda fervendo, sendo cozidos no fogão permanente da imaginação. Um dia, saltam para fora. Fora as inúmeras traduções que ainda poderei começar e que não sentei para fazer. E o romance epistolar do meu pai (descobri novas cartas que estão sendo digitadas) que promete. Vai ser o único romance que irei escrever, porque não dou para isso. Meu lado poético me diz que não consigo escrever tanto. Mas nunca se sabe.

10/03/2018 - 10h30


Nenhum comentário:

Postar um comentário